Sou um produto dos
tempos idos,
perdido neste tempo,
de espaços
amplos e enegrecidos
pela ausência das
palavras certas...
Em 440 F°, uma
contaminação
templária, vinda de
lugar estranho, nem tanto
por haver quem de lá
mande notícias…
Ah, o meu querer; Em
que importa?
Importante é ter
dinheiro, mais que razão;
Ter imagem, mesmo
sem conteúdo;
Contexto, ser
contestação.
Alcançar à
distância de um grito, mesmo que ninguém mais ouça;
Algum tipo de
verdade calmante
Ou mesmo, mentira
que todos gostem….
Ah, Evangelista, por
que ainda teima
mostrar-se, em
alguns olhares
discretos, palavras
vagas
em manhãs tão
cinzas?
Vim; Prá ser
distante e poder fitar teus olhos, enfurecidos
de dor e da mágoa
do abandono, nesta carência de abraços
e o beijo no rosto,
cada vez mais entorpecido
pela falta que faz,
poder ter as janelas abertas…
Vi: que não há
mais intenção
natural, na mão que
enxuga meu pranto,
é coisa da maldade
impressa; Que delícia!
Hoje trancamos bem
as portas
e as janelas, diante
de telas de transporte que sempre trazem confusão
e nos são, um falso
escudo
a conter uma
imensidão
de tolices e coisas
sérias, enquanto supostamente seguros, lavamos a louça
do arroz, do feijão
e alguma carne…
Ah, menina louça;
Que insistente persegue calcanhares
tal qual os
vira-latas da esquina
que de tanto correr
e brincar,
não se vê;
Crescendo!
Vem; vem se pendurar
na varanda;
olhar pra tudo ao
longe
e se entregar ao
sabor do vento
lançando ao ar,
bolinhas de sabão...
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