Palavras e o vento
se desperdiçam, num
vocabulário
sinfônico,
solitário
decadente
e imaginário...
Conversas não tidas
e havidas como
espertas,
ágeis
e flácidas,
como o som de minha
pele.
Enegrecida, a língua
plácida e púrpura
decanta
os dias, como se
fosse coerente
e perfeito, o
cabível
e inóquo
pertencer à espera
insofismável
do milagre diário
de se querer ser
livre, à escolha de qualquer caminho...
Então lápis e giz
de cera
colorem paredes,
papéis
e camisas de seda
branca.
Para que não haja,
na inocência
infantil do olhar;
qualquer sombra de
incertezas
na autoria...
Desmanchamos o véu
da noiva,
afiançando-nos como
presentes
em todos momentos,
desde que que nos chamem
com antecedência
qual eclipse
ou Carnaval, qual
elipse (gram ling num enunciado, supressão de um termo que
pode ser facilmente subentendido pelo contexto linguístico ou pela
situação (p.ex.: meu livro não está aqui, [ele] sumiu
!).
Giocondas, se escondem
detrás dos armários, embaixo dos lençóis
e acima dos retalhos, revelando-se em linhas tênues
como se fossem deusas
do amor menor, mal pago
bem quisto e desejado
num dia de folga; Normal...
Voltamos de trás pra frente
votamos, por um melhor
Carnaval.